Foco especial! Homenagem Genival Lacerda 1931 -2021
Por Gustavo Dourado -Poeta
Adeus, Genival Lacerda
Grã cantor e compositor
Aos oitenta e nove anos
Nos deixou paz e amor
Na quinta-feira, dia sete
Ficou a marca do humor
Genival era paraibano
Fez grandes hits do forró
A “Severina xique-xique”
Que desata qualquer nó
“De quem é esse jegue?”
Viva o nosso forrobodó
Era ano um,nove,três,um
Deu-se o seu nascimento
Na bela Campina Grande
Ritmou bom movimento
Veio ao mundo pra cantar
Na dança do sentimento
Era medalhão do forró
Assim ele se declarou
Ao Jackson do Pandeiro
Genival sempre admirou
Era amigo e concunhado
Que o artista muito amou
Com o “Radinho de pilha”
Pôs o mundo pra dançar
Artista bem-humorado
Sorridente a balançar
Andou por todo o Brasil
Para o forró apresentar
Na Cidade Maravilhosa
Em diversas casas tocou
Com o bom forró na noite
O seu Nordeste propagou
Cantor,bom acordeonista
O seu nome se destacou
LP “Aqui tem catimberê”
Milhares de cópia vendeu
E “Severina xique-xique”
O maior sucesso seu
Com o João Gonçalves
Boa parceria concebeu
Foi oortador da alegria
Escracho e bom-humor
Gostava dum sapateado
Com o seu ritmo criador
Genival Lacerda sempre
Cultivars a paz e o amor
Teve a carreira bem longa
Com ampla diversidade
Pelas avenidas de Recife
Viveu sua multiplicidade
Transmitiu paz e alegria
Com versos de liberdade
Doc “O rei da munganga”
A vida em documentário
Filmou a obra de Genival
O seu Perpétuo Lunário
Um nordestino arretado
Cabra multiatitudinário
Foi no ano dois mil e oito
Que o filme foi lançado
Direção de Carolina Paiva
Muito bem documentado
Elba e Dominguinhos
Deixaram o seu recado
Lançou setenta discos
Ao longo de sua carreira
Por onde Genival tocava
Acabava a pasmaceira
No forrô, xotee xaxado
Ele fazia uma bagaceira...